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quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Delirios


Nua, mas para o amor não cabe o pejo
Na minha a sua boca eu comprimia.
E, em frêmitos carnais, ela dizia:
- Mais abaixo, meu bem, quero o teu beijo!

Na inconsciência bruta do meu desejo
Fremente, a minha boca obedecia,
E os seus seios, tão rígidos mordia,
Fazendo-a arrepiar em doce arpejo.

Em suspiros de gozos infinitos
Disse-me ela, ainda quase em grito:
- Mais abaixo, meu bem! - num frenesi.

No seu ventre pousei a minha boca,
- Mais abaixo, meu bem! - disse ela, louca,
Moralistas, perdoai! Obedeci…
Olavo Bilac

2 comentários:

Anônimo disse...

NOSSA MÃE
QUASE...
PARECIA QUE ERA EU QUE DIZIA:

MAS BAIXO MEU AMOR...

Jorge::Calçado disse...

Feliz comentário hem anônima.

hehehehe!

Sempre me surpreendo com Grã Mestre Bilac.