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terça-feira, 18 de setembro de 2007

Se futuca o dedo (Mote de Chico Simões)

Se futuca o dedo a bunda alheia,
essa pode sentir-se penetrada
por algo não costumeiro
a natureza glutanea.

Se futuca o dedo a bunda alheia,
dá margem ao descobrimento do próprio rabo,
e tendo em vista que: quem com ferro fere
com ferro será ferido, de fato
esse perigo é constante.

Se futuca o dedo a bunda alheia,
deixa-se a trave no próprio olho (seja qual for),
para tirar a do alheio, que nem sempre
é de fato tão passivo.

Se futuca o dedo a bunda alheia,
deve-se sobretudo lembrar que o ativo
futucador de hoje pode ser passivamente
o alheio de outrora.

Um comentário:

Wagner Marques disse...

aê, Karina!

Eu já estava ansioso aguardando o post com este poema...
Valeu mesmo!
Futuquemos, pois.

abração.